Eu,você,egoísmo e o nosso mundo.

E aqui se inicia o meu primeiro post sem resposta...

Por que eu sou tão egoísta? Tão inclinada a acumular e nunca ,ou quase nunca, dividir? Por que nos enchemos de nós e não pensamos no próximo?

Esse consumismo desenfreado, no qual todos os dias eu sou bombardeada por todas as mídias sociais e pessoas que decidi seguir, me inclinam a pensar em uma única coisa: acumular,ter,comprar. Me confundem até mesmo no sentido da palavra necessidade, de repente passo a acreditar que necessito de coisas na qual viveria sem. Aos poucos o compartilhar é deixado de lado, o que tenho parece pouco e logo vem o desejo de acumular mais. Ter, ser, ter,ter... Afinal algumas pessoas tem tanto,não é mesmo? Não me sinto mais satisfeita com a quantidade de maquiagem que tenho. Os batons então, as cores não me são suficientes, os sapatos eu com toda certeza preciso de mais e roupas é um assunto que não preciso ao menos citar. Acumular. É o que dizem que preciso fazer. Me imagino se fui a única a me alimentar disso durante um tempo, se fui a única a me envolver tanto que sair pareceu impossível, que ciclo vicioso. Me pergunto até quando me permitiria viver uma vida assim, egoísta, cheia de si. Eu, eu, eu. Vaidade, tudo é vaidade. Ter, ser, ter, ter. Se me perguntar se fui criada dessa forma a verdade é que não, em pouco tempo me recriei e passei a ser o que muitos são hoje, fui muito eu, mas ao mesmo tempo nada eu. Me permiti ser transformada por um mundo que fui chamada para transformar. Talvez eu não consiga ser mais clara que isso, é que as palavras estão jorrando por aqui.... Fui criada para amar, para ser amor, para compartilhar e pensar no próximo. Essa tarefa nunca foi fácil e nunca será, porque olhar para mim sempre será mais fácil. Eu sei quando tenho fome, eu sei quando sinto sede, mas como medir a vontade do outro diante a minha? A minha precisa vir primeiro, não é? Então eu leio Filipenses 2 e me pergunto se as pessoas leem a bíblia. Dói em mim. Dói saber que hoje essa palavra foi considerada, por mim mesma, impossível de ser seguida e facilmente substituída por "eu". Dói perceber que cada vez mais a gente se parece com o mundo sem perceber. Dói em mim quando imagino meu Pai, olhando e vendo tudo isso. Comodidade, egoísmo,egocentrismo. Nos distanciamos do propósito e não precisamos de muita interferência maligna. Nos jogamos em um poço e não haverá ninguém para jogar a corda, já que somos todos "eu". Considerar o outro superior a mim não soa impossível? Talvez não se você for responder a essa pergunta perto de algumas pessoas, mas pergunto ao seu eu que ninguém conhece, só você e Deus. Servir, compartilhar, amar. Seria isso mesmo? Seria viver ao contrário do que o mundo me propôs? Seria lutar todos os dias contra o meu modernismo e entender que ser a moda antiga é refletir a bíblia nas minhas atitude? Talvez. Alguém tem a resposta? Porque sou toda questionamentos por hoje... Em um mundo onde servir é considerado humilhação o que devíamos esperar do significado de amor? Bom para você, se não vive como o todo mundo. E o próximo? E o amor? E a compaixão?

"Sei que nada sei". E de fato é muito mais fácil seguir a vida assim que ter o trabalho de se preocupar com o próximo.

Só que Deus nunca disse que seria fácil. Amar como Jesus amou me parece loucura, já que Ele era servir e eu sou apenas "eu". Ainda há tempo para nós?